Cinema - Clássicos Africanos Restaurado no CCBB

Cinema - Clássicos Africanos Restaurado

Única semana!
De 3 a 8 de março.

Classificação Etária: Não recomendado para menores de 14 anos

O cinema africano, em destaque na última edição do Festival de Berlim,
constitui uma das mais belas e sensíveis cinematografias do mundo. É um
cinema que, a parte de todas as mazelas políticas e sociais que envolvem
aquele grande continente, consegue superar as dificuldades mais imediatas
e fazer, de forma leve e poética, um verdadeiro libelo a liberdade de
expressão e a aceitação das diferenças.

A mostra Clássicos Africanos Restaurado é uma parceria com a Embaixada da
França e sua Cinemateca, e apresenta, em uma semana de sessões exclusivas,
16 filmes (entre curtas, média e longas-metragens) de grandes cineastas
africanos, restaurados pela Cinémathèqueafrique, entidade que incentiva a
produção e a difusão cinematográfica na África e que faz parte do
CulturesFrance, órgão de promoção e cooperação cultural francês.


Programação: Clássicos Africanos Restaurado


Dia 3 (Terça-feira)
19h30 - E não havia mais neve... (22min)
- Jom ou a História de um povo(76min)

Dia 4 (Quarta-feira)
17h30 - Os combatentes africanos da Grande Guerra (82min)
19h30 - Cartas camponesas (98min)

Dia 5 (Quinta-feira)
17h30 - Finzan (105min)
19h30 - Bako, a outra margem (109min)

Dia 6 (Sexta-feira)
17h30 - Taafe Fanga, Poder de saia (103min)
19h30 - Safrana, ou o Direito à palavra (121min)

Dia 7 (Sábado)
19h30 - África sobre o Sena (21min)
- Paris é bonita (23min)
- Os príncipes negros de Saint-Germain-des-Près (14min)

Dia 8 (Domingo)
16h - Tabataba (79min)
18h - Fad,Jal (113min)
20h - Fary L’Anesse (21min)
- O regresso de um aventureiro (34min)
- Os cowboys são negros (15min)


Sinopses: Clássicos Africanos Restaurado


E Não Havia Mais Neve...
(Et la Neige n'etait plus..., França/Senegal, 1965) De Ababacar Samb
Makharam. P&B. 22 min.

Um jovem bolseiro senegalês regressa da França. O que ele aprendeu? O que
ele esqueceu? Que caminho ele irá escolher para o contato com as novas
realidades africanas? Os problemas que se colocam na juventude africana
expostos com franqueza, coragem e humor.


Jom ou a História de um Povo
(Jom ou l'Histoire d'un Peuple. Senegal, 1981). De Ababacar Samb
Makharam.
Cor. 76min.

O Jom é a origem de todas as virtudes, a dignidade, a coragem, uma certa
beleza do gesto, a fidelidade do compromisso, o respeito pelo outro e por
si mesmo. Klaly, o feiticeiro africano, encarnação da memória africana,
atravessa as épocas para ser uma testemunha da resistência à opressão: a
que opõe o colonizador ao povo escravizado, o senhor ao criado, o patrão
aos operários.


Os combatentes africanos da Grande Guerra
(Les combattants africains de la Grande Guerre, África/França, 1983). De
Laurent Dussaux. P&B. 82min.

Constituído de documentários rodados no Senegal e em Burkina Fasso e de
documentos de arquivos, este filme propõe um novo olhar da história, por
meio de testemunhos de ex-combatentes sobreviventes e registros
históricos e raros, como o embarque das tropas em Dakar, a travessia até a
França e a vida nas trincheiras.


Crônica Camponesa
(Senegal, 1975). De Safi Faye. P&B. 98min.

Serigne Ibra, um camponês abastado e mau caráter, decide se casar. Sua
futura esposa deve possuir beleza perfeita e não ter nenhuma cicatriz.
Mas, segundo Ibra, as mulheres de sua aldeia não correspondem aos seus
critérios de escolha. Um dia, uma jovem belíssima de passado misterioso
aparece...


Bako, a Outra Margem
(Bako, L'autre Rive, Mali/França, 1978). De Jacques Champreux, Cor.
109min.

A lenta imersão na miséria, o desprezo e, por vezes, a morte por que
passam milhares de homens deslumbrados pela miragem de "Bako",
palavra
bambara que significa "a outra margem", utilizada pelos imigrantes
nordestinos do Mali para designar a França.


Finzan
(Mali, 1989). De Mali Cheick Oumar Sissoko. Cor. 105 min.

Este filme confronta as tradições patriarcais do Mali, incluindo a
controversa questão da circuncisão feminina. A viúva recente Nanyuma se
sente livre do tratamento cruel de seu falecido marido. Ela sai da aldeia
com sua sobrinha Fili, mas é eventualmente forçado a regressar. Nanyuma
percebe que sua única chance de reclamar a sua própria liberdade será
abandonando a comunidade.


Safrana, ou o Direito à Palavra
(Safrana, ou le Droi à la Parole, França, 1978). De Sidney Sokhona. P&B.
121min.

Quatro trabalhadores imigrantes africanos decidem abandonar Paris para
frequentar estágios de agricultura numa região rural francesa e depois
tentar uma reinserção no seu país de origem.


Taafe Fanga, Poder de Saia
(Taafe Fanga, Pouvoir de Pagne, Mali, 1997). De Adama Drabo. Cor. 103min.

O ilustre feiticeiro africano Sidiki Diabaté nos convida para a falésia de
Bandiagara, ao passado do povo Dogon . L'Albarga, a máscara dos espíritos
da falésia, símbolo de poder, cai nas mãos de Yayème, uma adolescente, e
provoca uma desordem em Yanda. As mulheres trocam a saia pelas calças dos
homens. Maldição? Castigo Divino? O poder das mulheres se instala. A nova
ordem resistirá a todas as contradições?

Nenhum comentário: