Quantos poemas africanos ou afro-brasileiros você conhece?

Hoje foi dia de limpeza aqui em casa. Organizando os papéis e livros antigos, a mãe encontrou um caderno meu de poesias, que já deve ter uns 15 anos. Fiquei feliz e ao mesmo tempo pensativa: ultimamenmte o texto poético tem cada vez mais cedido lugar para o texto jornalístico.

Saudades do texto sem compromisso, das letras sonhadoras que fluíam ao entardecer ou da dor por vezes exagerada pelas palavras, mas latente, incômoda. 

De tudo, algo tenho certo: São palavras para uma vida. Aos poucos postarei aqui para vocês.

Aproveitando o post, segue abaixo iniciativa linda que recebi por e-mail



 A 3ª edição do Festival Alagoano das Palavras Pretas acontece no Dia Internacional de Luta Contra o Racismo, o 21 de março, como um prosseguimento da experiência de plantar espaços mais amplos e democráticos, para a palavra despir-se da roupagem convencional, invadindo continentes alheios ao nosso conhecimento cotidiano, criando sinergias, articulando as muitas e diversas gentes que gostam de gostar da emoção do encontro com poesia.

Será mais uma noite especialmente poética de uma segunda-feira, 21 de março, com o cheiro e sabor das palavras despindo as amarras: “minha-mãe-não-deixa-não”, rasgando alguns silêncios sociais.

O III Festival Alagoano das Palavras Pretas conta com o “apadrinhamento artístico” do ator e militante do movimento negro, Milton Gonçalves e experimenta algo novo.

O novo assusta?

O Festival tem a intenção de criar uma maior intimidade com os diversos mundos existentes na palavra-poesia. Mundos que quebram barreiras, promovem a abolição de códigos caducos, racistas e sexistas, renovam a arte de poetar.

Mundos que propõem formas alternativas de “pensar” o racismo brasileiro, potencializando a diversidade de poemas africanos e afro-brasileiros ou de gente que escreve sobre a questão afro alagoana ou brasileira.

Quantos poemas africanos ou afro-brasileiros você conhece?
Ficou na dúvida? Pois é, está aí um momento ímpar para conhecê-los.
Como estamos em março o III Festival Alagoano das Palavras Pretas terá o sugestivo título de “Palavras com Cor e Gênero” e nesta noite a grande protagonista é a mulher que cerze o verbo, bordando histórias de determinação, possibilidades, oportunidades, continuidade... Poetisas que em seu lugar e tempo, são marcos de referência.

Você escreve sobre a temática? 

Manda seu poema para gente divulgar no Festival, ou caso não, venha participar da oportunidade de raptar a palavra do papel dando-lhe voz e vida.

O palco do III Festival das Palavras Pretas: Palavras com Cor e Gênero é o Teatro Abelardo Lopes/SESI- Galeria Arte Center. Av. Antonio Gouveia, 1113, Pajuçara.

Ah! nessa terceira versão teremos um olhar especial para os poemas estrategicamente espalhados ao longo do Teatro para serem colhidos por você. É que no II Festival eles simplesmente sumiram.

Após uns dias de encucação-o-que-foi-que-aconteceu?-uma senhora nos ligou agradecendo pelo convite, teceu elogios e afirmou que graças ao II Festival ela agora tinha um “monte” de poemas africanos e afrobrasileiros colados em um caderno. Como um livro!
Que bom!

Para inscrever-se basta enviar um e-mail para raizesdeafricas@gmail.com dizendo: quero-participar-do-III-festival-das-palavras-pretas, com os seguintes dados: nome, instituição, celular, endereço.
Até lá!

Um comentário:

Mawusi Ramos disse...

Acabei de encontrar seu Blog... E num dia Tão importante como 20 de novembro!
Obrigada por enriquecer cada dia da história com cultura, questionamento e luta. Sem perder a ternura, sem perder a leveza!!!
Em tempos de tanta prosa, há falta de poesia
Não somente nas palavras, mas principalmente nas ações.
Que a vida possa ter a transformadora capacidade poética de olhar os fatos a luz dos sentimentos.