Refúgio para quem almeja fugir da agitação da capital, o charme, a tranqüilidade e a beleza da região Serrana do Rio foram abalados pelas fortes chuvas que continuam a cair em Petrópolis, Teresópolis e Friburgo.
Petropolitana nata há tempos questiono o forte investimento no centro histórico da cidade – realmente está lindo, obra muito bem feita – em detrimento dos demais bairros. Veja abaixo o print com o tweet que enviei para o @OGlobo_Rio e que foi publicado na home do jornal O Globo hoje (13 de janeiro de 2010).
Falando ainda cedo com minha irmã, o cenário por lá é de terror. Terminal de ônibus, postos de gasolina foram totalmente cobertos pelas águas. Rios de lama levaram tudo o que havia pela frente em Itaipava, distrito de Petrópolis. Um colega ontem disse que cerca de dez pessoas próximas estavam desaparecidas.
Os números oficiais já chegam a quase 400 mortos, mas embaixo de tanta lama há muitos mortos ainda. O número de desabrigados é grande também. E muitas, muitas lágrimas. O cheiro de tragédia exala no ar.
Quem é da região Serrana já sabe que janeiro é o mês das chuvas, mas nunca se viu algo como o que está acontecendo neste momento. Não somente bairros pobres, mas condomínios luxuosos inteiros foram arrastados. Na entrada do que era condomínio de luxo, havia pilhas de corpos aguardando serem identificados pelos parentes.
Tragédia anunciada, pois são anos de falta de investimento, ocupação irregular do terreno e descaso público. Mas isso não me parece ser um problema exclusivo da Região Serrana. Basta lembrarmos que nesta mesma época, em 2010, foi a vez de Ilha Grande e Angra dos Reis sofrerem com as fortes chuvas.
Basta saber se será necessário que ano, após ano, as regiões do Rio sejam gradativamente destruídas, para, quando não restar mais nada, começarmos a ter ações efetivas do governo, somadas a conscientização da população.
Petropolitana nata há tempos questiono o forte investimento no centro histórico da cidade – realmente está lindo, obra muito bem feita – em detrimento dos demais bairros. Veja abaixo o print com o tweet que enviei para o @OGlobo_Rio e que foi publicado na home do jornal O Globo hoje (13 de janeiro de 2010).
Falando ainda cedo com minha irmã, o cenário por lá é de terror. Terminal de ônibus, postos de gasolina foram totalmente cobertos pelas águas. Rios de lama levaram tudo o que havia pela frente em Itaipava, distrito de Petrópolis. Um colega ontem disse que cerca de dez pessoas próximas estavam desaparecidas.
Os números oficiais já chegam a quase 400 mortos, mas embaixo de tanta lama há muitos mortos ainda. O número de desabrigados é grande também. E muitas, muitas lágrimas. O cheiro de tragédia exala no ar.
Quem é da região Serrana já sabe que janeiro é o mês das chuvas, mas nunca se viu algo como o que está acontecendo neste momento. Não somente bairros pobres, mas condomínios luxuosos inteiros foram arrastados. Na entrada do que era condomínio de luxo, havia pilhas de corpos aguardando serem identificados pelos parentes.
Tragédia anunciada, pois são anos de falta de investimento, ocupação irregular do terreno e descaso público. Mas isso não me parece ser um problema exclusivo da Região Serrana. Basta lembrarmos que nesta mesma época, em 2010, foi a vez de Ilha Grande e Angra dos Reis sofrerem com as fortes chuvas.
Basta saber se será necessário que ano, após ano, as regiões do Rio sejam gradativamente destruídas, para, quando não restar mais nada, começarmos a ter ações efetivas do governo, somadas a conscientização da população.
6 comentários:
Realmente,os investimentos no centro histórico, foram altíssimos,mas tudo isto ocorrreu na administração do prefeito Rubens Bomtempo. Nesta atual administração, sequer foi feito o trabalho de limpeza dos rios, este serviço era constante, o que preveniu muitas tragédias.
Não tenho nenhum partido, mas tenho que concordar com nosso amigo, ao que diz respeito á nova administração. As moradias populares no bairro do Castelo São Manoel, foram entregues pelo ex-prefeito,mas não houve tempo de terminar as moradias do carangola, que até pouco tempo estavam abandonadas.Depois que uma equipe de tv local, mostrou o descaso, foi que o atual prefeito resolveu dar continuidade a estas obras, que serão entregues as vitímas dos desabamentos passados.
A pergunta que não quer calar, para onde vão as vitímas desta tragédia em Petrópolis? Eu mesmo respondo:Terão que aguardar a boa vontade do poder público, que ao invés de investir em políticas de prevenção, preferem decretar estado de emergência e faturar alguns milhões do governo,enquanto á população chora e enterra seus mortos, ano após ano.
A cidade de Petrópolis está um caos desde a entrada desta nova gestão na prefeitura, ônibus não funcionam, faltam médicos,professores entraram em greve, as ocupações irregulares estão á todo vapor, e somente uma tragédia desta dimensão, conseguiu tirar o Prefeito Paulo Mustrangi, da "toca".
Ótimo post, realmente a tragédia estava anunciada.Parabéns pela clareza na declaração dos fatos.
Obrigada a todos que comentaram. Obrigada pelo elogio. Realmente é uma incognita: para onde vão os desabrigados?
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