De repente um raio cortou o céu.
Era dia de sol. Ainda que frio, ele raiava.
Ao longe, algumas nuvens talvez, mas azul,
Da mais límpida tonalidade, estava.
Nada que justificasse o repentino temporal
Que inundou a tarde mudando a cor do pensamento
Pré anunciado pelo barulho ensurdecedor, quase letal
Daquele que ousou repartir em dois o firmamento.
Ah, apague-se do calendário este dia
Corte a data; queime ao fogo
Destrua no tempo a hora em que esta manhã nasceu,
Volte ao leito do riacho noturno em que
Entre uma história e outra
Apenas esperanças num dia claro se via
E no cronos, éramos somente você e eu...
Fabiana André
Rio, 09 de agosto de 2011
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