Tivesse para a ti, doçuras a meia voz cantar.
Seria um soneto se em meu pensamento
Tivesse bem menos a lamentar.
Seria um soneto se meus dedos sentissem
As palavras fluírem, evocando imagens,
Que por hora sinto como se fugissem
Ao ver o soprar do vento nas folhagens.
Um belo soneto ah, eu veria...
Como num repente fluir
Para juntar-se as incontáveis belezas,
Que por hora contemplo e não toco
Porque ao elevar meu pensamento a ti
Escurece. E choro.
Fabiana Oliveira, Rio, 10 de setembro de 2009.
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